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Conservação de alimentos: métodos práticos e seguros que aumentam a durabilidade dos alimentos

conservar alimentos

 O setor alimentício é um dos principais do mercado e cresce de forma exponencial. Com isso, são adotadas diversas tecnologias e inovações para suprir e alcançar as necessidades de uma população cada vez mais atenta e preocupada com o que consome.

 Conservar alimentos é um dos pontos mais preocupantes e abordados dentro das indústrias alimentícias, mas o que e como fazer para conservar um alimento em casa, de forma prática e eficaz, sem utilizar aditivos químicos e dispensando a utilização de equipamentos inacessíveis?

Existem diversas técnicas e métodos utilizados para preservar a integridade de um alimento, sua atuação pode ser retirando/inviabilizando a água presente nos mesmos ou por procedimentos térmicos com objetivo de inativar enzimas e reduzir a carga microbiana. Embora conservar alimentos com aditivos químicos seja muito comum atualmente, esses outros meios tornam o alimento seguro e aumentam sua durabilidade de forma semelhante.

Alguns dos métodos que atuam inviabilizando ou diminuindo a água dos alimentos são o congelamento, a desidratação e adição de açúcar e sal. São processos simples e praticados há muitos anos, porém requerem certos cuidados e boas práticas ao executá-los, pois cada etapa do procedimento interfere diretamente no produto. Confira mais detalhes sobre esses métodos ao longo deste artigo!

 Congelamento:

 É aplicado principalmente na conservação de carnes, mas também é adequado para frutas, legumes e alimentos prontos. As temperaturas ideais são as de freezers e congeladores, se encontram entre -10°C à -30°C; nessas temperaturas ocorre o congelamento da água constituinte do alimento, assim os micro-organismos ficam inertes e não conseguem se desenvolver ou continuar seu metabolismo.

Vale ressaltar que, a embalagem deve ser apropriada e estar devidamente selada, assim como evitar o contato direto entre o alimento e as superfícies do congelador é fundamental para manter as características organolépticas do alimento.

 Desidratação:

Consiste em expor o alimento que deseja desidratar a uma temperatura constante e não muito alta, dessa forma a água contida em sua composição irá evaporar. Essa técnica é muito interessante, pois além de aumentar a durabilidade do produto por indisponibilizar a água necessária para a presença de diversos micro-organismos, reduz o tamanho e o peso do alimento, facilitando o seu transporte e armazenamento.

A desidratação pode ser realizada através de fornos convencionais, expondo o alimento a uma temperatura média de 60°C, e esse processo pode levar horas ou até mesmo dias, isso dependerá do tipo de alimento, a quantidade e a umidade desejada do produto.  A temperatura não deve ser muito elevada, pois pode comprometer a cor, textura, sabor e valor nutritivo, além de ocorrer cocção, ao invés de apenas desidratá-lo.

 Tratamento térmico:

O tratamento térmico é outro fator que contribui para a conservação de alimentos. Os exemplos mais típicos são a pasteurização e o branqueamento. Esses métodos são utilizados por grande parte da população, assim como é aplicado nos alimentos industrializados também. O tratamento térmico consegue destruir micro-organismos, além de inativar enzimas responsáveis por escurecimento em frutas e legumes.

  • Pasteurização lenta:

É um dos métodos mais frequentes no cotidiano da maioria das pessoas, um exemplo dessa técnica é a fervura do leite. Nesse procedimento, usa-se temperaturas em torno de 60°C por 30 minutos (a temperatura nunca ultrapassa os 100°C). Esse processo ajuda a destruir micro-organismos patogênicos presentes no alimento, e consequentemente aumenta sua durabilidade.

Existem ainda outras duas formas de pasteurização, porém requerem de equipamentos e máquinas específicas para executá-las e normalmente são aplicados em processos industriais.

  • Branqueamento:

O branqueamento consiste em mergulhar frutas e legumes em água fervente por alguns segundos e em seguida imergir em água fria. Essa técnica ajuda a diminuir a carga bacteriana presente na superfície dos alimentos, inativa as enzimas causadoras do escurecimento, retira o ar contido nas folhagens e ajuda a preservar a cor viva. Muitas vezes é aplicado antes da etapa do congelamento, pois atuam sinergicamente um com o outro.

 Sal e a açúcar:

São ingredientes básicos e presentes em praticamente todos os lugares, e além de conferir e realçar o sabor de diversos alimentos e pratos, eles atuam também como aditivos conservantes.

O modo de ação é semelhante entre ambos, e se dá por meio de osmose, ou seja, retirando a água concentrada de dentro das células para um meio menos concentrado, no caso, fora do alimento. O açúcar é mais maleável quando comparado ao sal, pois pode ser adicionado em maiores quantidades. É utilizado principalmente na produção de geleias e compotas de frutas, aumentando seu tempo de prateleira.

Por sua vez, o sal possui uma limitação sensorial muito alta o que dificulta sua adição em grandes quantidades. Ele pode ser utilizado seco ou em soluções, como é o caso das salmouras, que é aplicado para alimentos em conserva, como vegetais, salsichas etc. Nesse caso, o produto fica totalmente submerso na solução.

O sal, quando utilizado seco, envolve-se no alimento a ser conservado e cria-se uma espécie de crosta ao redor deles, que os protege contra diversas contaminações microbianas e reações químicas do meio. Exemplo dessa técnica é o bacalhau e demais pescados em salga

Aditivos naturais e condimentos:

Há ainda a conservação por adição de ervas e demais especiarias, mel, vinagre, entre outros. Esses aditivos apresentam atividade conservante e antioxidante, o que contribui para a preservação dos alimentos. Normalmente são utilizados como ingredientes de um produto, e conferem sabores e aromas a eles. Alguns exemplos desses aditivos são ervas e especiarias, como o alecrim, a canela, o cravo, o orégano, a hortelã, o gengibre, o tomilho, o louro, entre outros utilizados em todo o mundo.

Além disso, vale destacar que existe uma variedade de aditivos que podem ser utilizados como conservantes, sendo naturais ou artificiais, que podem ser utilizados tanto em processos industriais quanto cotidianamente. Confira em nosso e-book sobre Corantes e Conservantes Alimentícios todos esses aditivos e as diversas maneiras que podem ser utilizados.

Como vimos, as formas de preservar e conservar os alimentos são abundantes, suas aplicações são análogas a processos industriais, porém sem a necessidade de equipamentos específicos e/ou substâncias químicas. São técnicas totalmente práticas, seguras e viáveis para armazenar e conservar alimentos em casa, não dispensando os devidos cuidados em cada etapa do processamento e se baseando em boas práticas na execução.

Caso ainda tenha alguma dúvida sobre os métodos de conservação que podem ser aplicados em seus alimentos cotidianamente, entre em contato conosco! Ou escreva sua dúvida nos comentários para que possamos ajudá-lo.

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