Você sabe o que procurar na rotulagem de alimentos na hora de escolher opções mais saudáveis? Quais informações um produto é benéfico à saúde possui na tabela nutricional? Caso você esteja em busca de uma dieta mais equilibrada, venha conhecer os pontos essenciais que não devem ser ignorados no momento da compra.
Segundo a pesquisa NutriNet Brasil realizada pela Nupens/USP (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo), há indícios de que a pandemia favoreceu a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis entre os brasileiros. Uma hipótese seria de que muitas pessoas estão cozinhando em casa suas próprias refeições.
Apesar do isolamento social aumentar o tempo de estadia em domicílio, o trabalho remoto também exige muita dedicação e comprometimento. Logo a praticidade na preparação de alimentos é um fator a ser considerado mesmo durante a pandemia.
Ao contrário do que dizem, alimentos industrializados não são sinônimos de produtos prejudiciais à saúde. Os métodos de conservação empregados na indústria auxiliam na preservação e segurança alimentar por garantirem a não proliferação de microrganismos causadores de doenças ou deteriorantes.
Veja mais sobre os métodos de conservação mais utilizados nas indústrias de alimentos!
A tabela de informação nutricional e a rotulagem são fundamentais na avaliação de alimentos mais saudáveis ao consumidor. A composição e uso de ingredientes devem ser analisados para garantir a qualidade nutricional do que se leva à mesa.
Saiba o que avaliar na rotulagem para a escolha de produtos mais saudáveis:
Quantidade de açúcar
O açúcar está presente em vários alimentos e podem apresentar diversas denominações. Veja alguns exemplos:
Gorduras
As gorduras saturadas devem corresponder a, no máximo, 10% do total de calorias diárias. Em demasia, elas aumentam o colesterol ruim (LDL), podem entupir vasos sanguíneos e assim elevar as chances de doenças cardiovasculares.
As gorduras trans são adicionadas às formulações para acentuar o sabor, aumentar o prazo de validade, além de dar consistência e crocância ao produto. Elas também reduzem o custo de produção e melhoram a qualidade da fritura. Embora haja vantagens para seu uso na indústria, não há estudos que indiquem algum benefício de sua ingestão.
Elas são produzidas de maneira natural ou artificial e podem ser encontradas em alguns alimentos in natura, como carne e leite, mas a quantidade é insignificante. O alerta é sobre a adição de gorduras trans nos alimentos, porque o excesso de consumo pode aumentar o colesterol ruim (LDL), reduzir o bom (HDL) e elevar as chances de enfermidades.
Sódio
O cloreto de sódio, também conhecido como sal de cozinha, é adicionado aos alimentos para conferir sabor e preservá-los por mais tempo. Já no organismo, o sódio é um elemento essencial para a contração muscular, impulsos nervosos, controle da pressão osmótica e equilíbrio hídrico do corpo.
Todavia a ingestão não moderada de produtos ricos em sódio pode desencadear hipertensão, problemas no coração e também nos rins. A ingestão recomendada pela OMS é não ultrapassar 2 gramas de sódio na alimentação diária.
Fibras alimentares
As fibras alimentares não são digeridas pelas enzimas humanas, por isso não fornecem energia calórica ao organismo. No entanto elas apresentam outras funções benéficas, como auxiliar na formação do bolo fecal e no peristaltismo do sistema digestório.
Controlar o índice glicêmico, a taxa de colesterol e favorecer a perda de massa corpórea são outros fatores associados à ingestão de fibras. Logo selecionar alimentos que possuam uma boa quantidade de fibras pode ser vantajoso à saúde de quem as consome.
Valores diários (%VD)
O valor diário (%VD) de um nutriente representa a porcentagem de ingestão diária recomendada que aquela porção do alimento irá fornecer com base em uma dieta de 2000kcal ou 4800kJ. É importante frisar que tal valor se refere a uma porção mencionada na tabela nutricional, e não ao conteúdo da embalagem inteiro.
Além disso, o valor diário é estipulado pela Anvisa com o objetivo de apontar a quantidade necessária de cada nutriente de modo a suprir as necessidades da maioria de uma população sadia. Esse dado é muito importante para definir qual produto é mais saudável, porque, se ele apresentar por porção um valor muito elevado de %VD para gorduras e sódio, por exemplo, é um ponto de atenção.
No entanto, caso o alimento possua uma boa quantidade de fibras, vitaminas ou minerais declarados na tabela nutricional, trata-se de uma boa alternativa se estiver à procura de tais elementos em sua dieta.
Ordem da lista de ingredientes
A lista de ingredientes deve ser colocada na ordem decrescente, ou seja, aqueles que aparecem nas primeiras posições estão em maior quantidade na formulação do alimento. Por isso é válido analisar se os açúcares e gorduras estão no início da lista. Se estiverem, provavelmente aquele produto é mais calórico e menos saudável. É importante dar atenção aos sinônimos ou outras denominações empregadas.
Os dados contidos na tabela de informação nutricional e na rotulagem dos produtos alimentícios são uma maneira de transparecer o que está realmente contido na formulação. Outra vantagem é assegurar ao consumidor a qualidade nutricional do que está sendo adquirido e fornecer a possibilidade de escolha entre as marcas disponíveis a depender de suas necessidades e demandas.
Portanto, a escolha de opções mais saudáveis pode ter como sustento a análise dos ingredientes e nutrientes descritos de forma obrigatória e exigidos por lei nas embalagens dos alimentos industrializados.
Caso tenha dúvidas relacionadas às regras de Rotulagem, Tabela de Informação Nutricional ou até mesmo, como modificar seu produto de forma que este se torne mais saudável, entre em contato conosco!
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